FORMANDO PENSADORES

O blog 'Formando Pensadores' tem por objetivo incentivar o exercício da leitura de diferentes tipos de texto e pretende atingir leitores de todas as idades, provocando a reflexão, buscando promover o senso crítico e a capacidade de produzir opinião.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

A impunidade agora anda solta, também dentro das escolas públicas

Acabo de sair de uma conversa na mesa de meu pátio onde cinco amigos discutiam as políticas públicas. Entre nós pessoas bem informadas sempre ligadas aos acontecimentos do país. A conversa começou a partir de comentário sobre da visita da  ex-ministra Marina da Silva a Belém, no último sábado (05/12). A ex-ministra que pareceu aos comentaristas  uma pessoa de pouca expressão para quem está em plena  campanha política, não manifestou nenhuma proposta nem demonstrou estar ligada ao novo partido que adotou. A imagem frágil e o discurso ainda petista, porque agora ela está no Partido Verde, não encantou quem esteve em sua companhia.
Os comentários  sobre a inexpressividade da candidata nos levou ao rumo das conquistas que o brasileiro já teve desde que Lula assumiu a presidência da República. Como a maioria dos amigos da mesa são educadores e vem percebendo que a educação tem recebido o apoio que sempre mereceu, chegamos a elogiar o governo petista pela façanha, mas continuamos inseguras quanto aos rumos que o setor educacional poderá ter se não houver fiscalização rigorosa de montante que as escolas públicas têm abocanhado nesses últimos meses. O dinheiro está na escola, mas quase sempre em mãos indevidas. Infelizmente, tenho que admitir que meus colegas “educadores” estão contaminados pela virose da corrupção. O que os “projetos ousados” têm recebido não é brincadeira. Mas a escola não está preparada para administrar altas quantias, e muitas vezes um dinheiro que poderia resolver o problema da educação vai pro ralo e de lá sai não se sabe para onde( ou se sabe?).  A fiscalização deve ocorrer dentro da própria escola, mas os que se dispõe a fazê-la quase sempre temem represálias e acabam deixando de lado para não se “queimar” com o gestor. E aí que percebemos que as mazelas da corrupção estão,  infelizmente, em todas as esferas. Há sempre os que querem “se dar bem”, tirar vantagem do dinheiro público, enquanto isso o povo deixa de receber benefícios  que poderiam solucionar os gravíssimos problemas sociais que assolam o país. É por essas e outras que, os que ainda se dizem honestos preferem ficar de fora assistindo à nojeira  atolando a educação brasileira.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

A NATUREZA É A MAIOR PROVA DE QUE DEUS EXISTE




A POESIA QUE ME ENCANTA

Gostaria de ter nascido poeta, mas como Deus não me concedeu este dom, fico aqui a sonhar com as palavras dos que me ofereceram o prazer de sentir a emoção de encontrar meu sonho no sonho de quem nasceu com o dom de poetizar.
Li este poema de Drumond e lembrei de que o que é ruim, fica morcegando quando as luzes se apagam, e as coisas boas ficam na memória pra alegrar o coração.

MEMÓRIA
Amar o perdido
deixa confundido
este coração.

Nada pode o olvido
contra o sem sentido
apelo do não.

As coisas tangíveis
tornam-se insensíveis
à palma da mão.

Mas as coisas findas,
muito mais que lindas,
essas ficarão.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

EXTORQUIR O POVO NÃO É PECADO?

Li a reportagem da revista Época de 21 de setembro de 09 e sinto-me cada vez mais decepcionada com a cara-de-pau de pastores da Igreja Universal que se dizem religiosos, crentes em Deus e usam de Seu nome para enganar o povo, muitas vezes fragilizado pelos problemas do dia a dia. Para atingir suas metas passam a estorquir dinheiro após a lavagem cerebral nos mais necessitados. Será que ninguém conseguirá detê-los? Até quando o povo se deixará enganar, mesmo quando descobre casos como o de Gustavo Rocha, ex-pastor da Igreja Universal? Só a Educação pode salvar esse povo.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

ATÉ QUE A MORTE NOS SEPARE

A história é longa, mas é melhor que apresentá-la na síntese para não deixar o leitor entristecido.
O que desejo é fazer refletir sobre a importância da família. Os laços fraternais são mais valorosos que uma herança ínfima.
Eis a história de um casal comum que enfrentou caminhos espinhosos, mas conseguiu educar os nove filhos: oito mulheres, um homem.
Os filhos frequentaram boas escolas, públicas, mas conseguiram pelo menos completar o ensino médio. Cresceram, casaram, tiveram filhos. Um dia, aos 76 anos, uma pneumonia levou a matriarca. Era Natal, não havia clima para a chegada do menino Jesus, dia tão especial para a família. Os filhos lamentaram a viagem, mas a vida continua ao lado do pai já debilitado pelo cansaço de um coração safenado. Quatorze meses depois, a teimosia e o desejo de viver mais antecipou sua ida, após uma cirurgia. Filhos e netos outra vez lamentaram, uns de forma mais exagerada, outros mais contidos. A experiência de perder a mãe ensinou-lhes que todos, um dia, partirão. Oito dias após o desenlace paterno as mágoas fraternais levantaram do túmulo construído no seio da família ao longo de 30 anos. E os desentendimentos começaram. Entre os bens da família, uma casa e 12 mil reais em dinheiro. A família que parecia feliz enquanto os pais viviam, transformou-se num corpo de fuzileiros prontos para o combate. Os mais humildes, calaram-se diante da arrogância de quem possuía mais financeiramente, julgando-se invejado. O poder falou mais alto e calou a voz de quem nada queria, a não ser a união de todos, a fim de preservar a memória e o legado que os pais construíram com tanto esforço.
Acabaram-se as festas de finais de semanas, dos feriados, os aniversários, somente de alguns e só alguns participam. A aparente harmonia que havia enquanto os pais estavam de corpo presente, transformou-se em aceitação aparente. Os que se falam constantemente, falam dos que não se falam, dos que provocaram a discórdia, e não conseguem mais encontrar uma forma de fazer voltar os velhos tempos, que certamente não era o ideal, mas era melhor que agora. Nos aniversários de quem tem coragem de comemorar, vão os que se dão, depois comentam com os que não vão. Não há mais prazer em comemorar nada. Os que comemoram, comemoram para representar para que os outros saibam que ele continua seu teatro fora do universo familiar. Os acontecimentos da vida particular de cada um não são mais compartilhados. Con-fraterniza-se e sofre-se sozinho. Não se pode dizer o que se pensa para quem não tem dissernimento para compreender e analisar sem mágoas, portanto, calar é o melhor remédio.
A vida nos apresenta desafios e vence-os quem menos se deixar levar pelas emoções. A razão nesse campo, nos imprime maior vantagem. Não adianta procurar culpados, porque o que aconteceu vinha sendo bordado ao longo dos anos. A história de cada um continua, agora com outro formato: dois polos se formaram e fica-se ao lado de quem se tem maior afinidade. Assim é a vida. Nem vale a pena lamentar.

FRASES UNIVERSAIS

Li estas frases em algum lugar. Também não lembro quem as criou, mas aprendo com elas sempre que sinto necessidade de mudar algo em mim.
  • "É o sonho que obriga o homem a pensar."
  • "O mal sempre nasce onde o amor não é o suficiente."
  • "Terminado o jogo, o rei e o peão voltam para a mesma caixa."
  • "A cidade é um grande livro aberto."
  • "Em cada minuto de tristeza, você perde 60 segundos de alegria."

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

QUANDO ENTRAR SETEMBRO...

scraps para todas as ocasiões

RecadosOnline - Milhares de imagens de Setembro você encontra aqui


E a boa nova andar nos campos
Quero ver brotar o perdao
Onde agente plantou
Juntos outra vez...

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

quinta-feira, 2 de julho de 2009

CHEGOU O VERÃO PARAENSE

Chegou a época mais quente do ano. De julho a outubro o sol faz do Pará um dos estados mais requisitados para fazer turismo. Viajar em nossas estradas é estar de bem com a natureza, porque nela podemos saborear as mais belas matas desse país. As águas dos igarapés ficam mais geladas, as praias tem o sabor do açaí e sente-se o cheiro de terra aquecida à distância. Visitar o Pará nesta época é sentir o prazer de estar com um povo festeiro, camarada.
molduras para fotos


quarta-feira, 3 de junho de 2009

COTAS PARA QUÊ?

Acabo de ler uma reportagem da revista Época ( 31 d emaio) que me fez lembrar 2007, quando meu filho tentou vestibular para Medicina. Por isso ofereço aqui uma salva de palmas para os desembargadores da Justiça do Rio de Janeiro que derrubaram o sistema de cotas das Universidades Públicas do Estado. Não precisava nem rever a Constituição brasileira para saber que a política de cotas fere os princípios de igualdade para todos e reforça o preconceito e a discriminação racial. Infelizmente existem defensores ferrenhos que continuam encontrando razões que a própria razão desconhece e não percebem que o negro, o pobre e o deficiente brasileiro sempre desejaram fazer parte de uma sociedade inclusiva.
As cotas vierem para excluir, provar à sociedade que negro é negro, pobre é pobre e deficiente é deficiente que só merecem, protecionismo político com fins eleitoreitos. As cotas nada mais são que um engodo que alimentam preconceitos e produzem revoltas àqueles que passaram a vida investindo numa educação de qualidade para conquistar uma vaga numa Universidade Pública.
Aí vem a minha lembrança de 2007 quando meu filho tentava uma vaga em Medicina, o curso mais concorrido nas Universidades Públicas de Belém. Não nasci em berço explêndido e estudei em escolas públicas e sempre tive consciência do quanto é importante estudar, por isso investi na formação dos meus filhos que estudaram em escolas particulares por que o Ensino Público Fundamental e Médio enfrentam deficiências gravíssimas, afinal sou professora e reconheço que existe falta de políticas públicas que melhorem o nível de ensino dessas escolas.
Dediquei toda atenção e gastei com enciclopédias, fitas de vídeos, CDs, DVDs e outras mídias de armazenamento que porporcionaram a meus filhos uma boa formação. Embora preparado, meu filho mais novo não foi aprovado no Vestibular para Medicina, perdeu a vaga para um cotista de Escola Pública que recebeu uma nota bastante inferior a dele. Foi uma injustiça. Fiquei decepcionada e meu filho frustrado que acabou mudando de curso. No ano seguinte passou em Engenharia.
Tudo isso me fez perceber que este país não amadurecerá se continuar aprovando projetos assistencialistas e injustos que só ajudam a reeleger políticos medíocres. Acredito que as cotas não vieram para ficar e o país precisa sim de políticas de financiamento estudantil que incentivem àqueles que desejam ingressar numa Universidade. O que não podemos permitir é que as cotas nos transformem em atores que fingem que acreditam no fim do preconceito e da discriminação contra pobres e negros.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

GREVE DOS PROFESSORES: FLEXIBILIDADE PODE SER A SOLUÇÃO

Os professores das escolas públicas estão em greve há mais de 20 dias e nada se faz para acabar com o embate entre governo e classe. Grevistas continuam irredutíveis à continuidade da greve, e governo, parece não demonstrar nenhum sinal de preocupação com a questão. Crianças fora da escola por mais de 20 dias, num país que apresenta deficiências graves no setor educacional não deve ser um fato a se fechar os olhos e o governo não pode se omitir de procurar resolver o problema o mais breve possível. A questão não é simples, pois a categoria mantém uma luta permanente ao longo dos anos para concretizar desejos de várias gerações.
A escola não tem padrinhos no governo que possam apressar soluções, o ambiente escolar ainda não é um espaço de debate onde o jovem possa compartilhar seus medos e angústias, e os professores parecem cada vez mais isolados dentro de um sistema em que o trabalho deveria fluir a partir de um projeto coletivo. Governo não quer enxergar o tamanho do vulcão que se instalou na educação. Faz vista grossa para não ter que investir pesado no setor, ou talvez por não ter projetos eficientes e gestores competentes para implementar os projetos que já existem. O presidente Lula vive dando entrevistas dizendo que está tudo bem no setor educacional. Ele só vê os números, que nada mais são que meras estatísticas realizadas por quem não atua na sala de aula. Diz que está feliz com a educação, que os resultados são bastante animadores, mas reconhece que a "melhora" a qual se refere, é lenta e precisa de no mínimo quatro anos para se identificar um resultado.
É real que os resultados não possam ser detectados de uma hora para outra, mas quem já está na sala de aula há trinta anos sabe que existem problemas que só uma política de valorização do magistério poderá ajudar a solucionar. Se o governo começar a agir com maior flexibilidade nas discussões com a categoria, entender que as negociações devem existir, que não se pode simplemente dizer NÃO e deixar a classe falando sozinha, não poderemos jamais alcançar a qualidade de ensino que tanto os professores desejam.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

ÉPOCA MEDIEVAL

Trovadorismo
Origem do trovadorismo, os trovadores, literatura medieval, literatura portuguesa, história da Idade Média, cantigas de amor, cantigas de amigo, de escárnio e maldizer, cancioneiros, livros, canções, música, uso de instrumentos musicais

trovadorismo
Iluminura medieval: trovador

Podemos dizer que o trovadorismo foi a primeira manifestação literária da língua portuguesa. Surgiu no século XII, em plena Idade Média, período em que Portugal estava no processo de formação nacional.

O marco inicial do Trovadorismo é a “Cantiga da Ribeirinha” (conhecida também como “Cantiga da Garvaia”), escrita por Paio Soares de Taveirós no ano de 1189. Esta fase da literatura portuguesa vai até o ano de 1418, quando começa o Quinhentismo.


Na lírica medieval, os trovadores eram os artistas de origem nobre, que compunham e cantavam, com o acompanhamento de instrumentos musicais, as cantigas (poesias cantadas). Estas cantigas eram manuscritas e reunidas em livros, conhecidos como Cancioneiros. Temos conhecimento de apenas três Cancioneiros. São eles: “Cancioneiro da Biblioteca”, “Cancioneiro da Ajuda” e “Cancioneiro da Vaticana”.

Os trovadores de maior destaque na lírica galego-portuguesa são: Dom Duarte, Dom Dinis, Paio Soares de Taveirós, João Garcia de Guilhade, Aires Nunes e Meendinho.

No trovadorismo galego-português, as cantigas são divididas em: Satíricas (Cantigas de Maldizer e Cantigas de Escárnio) e Líricas (Cantigas de Amor e Cantigas de Amigo).

Cantigas de Maldizer: através delas, os trovadores faziam sátiras diretas, chegando muitas vezes a agressões verbais. Em algumas situações eram utilizados palavrões. O nome da pessoa satirizada podia aparecer explicitamente na cantiga ou não.

Cantigas de Escárnio: nestas cantigas o nome da pessoa satirizada não aparecia. As sátiras eram feitas de forma indireta, utilizando-se de duplos sentidos.

Cantigas de Amor: neste tipo de cantiga o trovador destaca todas as qualidades da mulher amada, colocando-se numa posição inferior (de vassalo) a ela. O tema mais comum é o amor não correspondido. As cantigas de amor reproduzem o sistema hierárquico na época do feudalismo, pois o trovador passa a ser o vassalo da amada (suserana) e espera receber um benefício em troca de seus “serviços” (as trovas, o amor dispensado, sofrimento pelo amor não correspondido).

Cantigas de Amigo: enquanto nas Cantigas de Amor o eu-lírico é um homem, nas de Amigo é uma mulher (embora os escritores fossem homens). A palavra amigo nestas cantigas tem o significado de namorado. O tema principal é a lamentação da mulher pela falta do amado.
RESPONDA:(4,0)
01. O que é Trovadorismo?
02. Quem eram os trovadores na época medieval?
03. Que tipos de cantigas foram criadas pelos trovadores?
04. Qual a cantiga que marcou o início do trovadorismo em Portugal e quem a escreveu?
05. Pesquise e leia cantigas: de amor, de amigo e satíricas. Transcreva aquela que mais lhe interessar.
06. A que tipo de canções modernas podemos comparar as cantigas medievais? Cite algumas delas.
07. Cite alguns compositores da MPB que produziram canções com características medievais?
08. De que maneira o feudalismo (sistema político da época) influenciou o artista medieval?


quarta-feira, 15 de abril de 2009

ANÁLISE TEXTUAL

Fala do Velho do Restelo ao Astronauta
(José Saramago)
Aqui, na Terra, a fome continua,
A miséria, o luto, e outra vez a fome.

Acendemos cigarros com fogos de nepalme
E dizemos amor sem saber o que seja.
Mas fizemos de ti a prova da riqueza,
E também da pobreza, e da fome outra vez.
E pusemos em ti sei lá bem que desejo
De mais alto que nós, e melhor e mais puro.

No jornal de olhos tensos, soletramos
As vertigens do espaço e maravilhas:
Oceanos salgados que circundam
Ilhas mortas de sede, onde não chove.

Mas o mundo, astronauta, é boa mesa
Onde come, brincando, só a fome,
Só a fome, astronauta, só a fome,
E são brinquedos as bombas de nepalme.

* Nepalme: segundo o dicionário Aurélio - século XXI é "gasolina gelatinizada e espessada por sais do ácido e palmítico, empregada em bombas incendiárias e lança-chamas". As bombas de nepalme foram empregadas pelos soldados americanos contra os vietinamitas na Guerra do Vietnã (1965-75).

ATIVIDADE EM GRUPO
O poema de José Saramago dialoga com Os Lusíadas de Camões.
Pesquisem:
01. A que parte de Os Lusíadas o poema faz referência? A quem o astronauta do poema de Saramago pode ser comparado, no poema de Camões? Quem são os interlocutores dessas falas? O que esses interlocutores tem em comum?
02. Ao mencionar nepalme Saramago remete o leitor a Guerra do Vietnã (1965-75). Busquem informações sobre essa guerra, para depois discutirem com os demais grupos e com o professor.
03. Esse poema foi publicado no final da década de 1960. Ele perdeu a atualidade? Ou pertence ao grupo de poemas que parece ter sido escrito "amanhã"? Por quê?


sexta-feira, 27 de março de 2009

LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTO



Jovem Brasileiro gosta de comprar e ver tevê

Pesquisa revela que jovem odeia política, livros e acha que tem pouca influência

Eduardo Nunomura

O jovem brasileiro anda desiludido. Além de ser considerado cada vez mais individualista, ele não se vê como responsável pelas informações sociais, pensam em obter um diploma só para ter uma profissão, despreza a política, não gosta de ler e acha que tudo o que faz só causa impacto na sua própria vida. Essa é uma fotografia do jovem do século XXI. Pesquisa do Instituto e do Indicador de Pesquisa de Mercado traz novos rótulo para os nascidos pós-ditadura militar. Foram entrevistados 259 jovens entre 18 e 25 anos das principais capitais do País. O estudo mostra que eles estão muito preocupados com a competitividade no mercado de trabalho, rejeitam discutir temas que não afetam suas vidas e vivem bem numa sociedade de consumo. Esqueça os hippies, os pacifistas e a juventude transformadora. Eles têm outras preocupações.
De cada dez jovens brasileiros, seis têm muito interesse em educação e carreira. É um índice parecido com o de australianos e argentinos, mas inferior ao de mexicanos e indianos. Nos países em desenvolvimento, investir em educação é um atalho para o mercado de trabalho. No outro extremo, os brasileiros destacam-se por sua aversão à política: só 10% demonstram interesse. Ao contrário dos japoneses, argentinos e americanos.
A juventude brasileira é a que mais gosta de fazer compras e assistir a programas de TV na comparação com jovens de outros países. Isso não se traduz em consumidores exemplares. Para 56% dos brasileiros entre 18 e 25 anos, comprar mais significa mais felicidade, pouco se importando com problemas ambientais decorrentes do consumismo exagerado.
Os jovens brasileiros estão preocupados com o desemprego e a melhoria dos sistemas de saúde, mas nem um pouco com o aumento populacional ou as mudanças climáticas. Um indicativo de quanto pensam no hoje e pouco no amanhã.Na opinião deles, a forma como ocupam o tempo livre, trabalham e até comem não afeta a economia, o ambiente ou a sociedade. Essa visão individualista é uma marca registrada da juventude mundial.
Mas engana-se quem pensa que o jovem consumidor brasileiro é influenciável. Falam mais alto o preço e a qualidade dos produtos. Ele ainda se considera livre para fazer as escolhas e é pouco manipulável. Ao contrário dos americanos e italianos, em que mais da metade dos jovens dez sofrer uma influência negativa dos anúncios.
Questões
01. O texto que você acaba de ler está inserido entre os tipos:
(a) narrativos, que contam histórias de personagens.
(b) descritivos, que revelam as características de personagens.
(c) dissertativos, que revelam opinião de quem escreve.
(d) poéticos, que expressam uma mensagem lírica.
(e) técnicos, que informam características de um produto.
02. Analisando o contexto, pode-se concluir, principalmente, que:
(a) o jovem de hoje prefere apenas ver tevê.
(b) o jovem é um indivíduo alienado e desinteressado.
(c) o jovem é cada vez mais consciente de sua importância na sociedade.
(d) o jovem está cada vez mais individualista.
(e) o jovem prefere se preocupar com o desemprego.
03. Segundo o texto, o que mais interessa ao jovem do século XXI é:
(a) a conquista de um diploma
(b) a política.
(c) comprar mais e ver tevê, pois significa felicidade.
(d) viver livremente.
(e) mudar o quadro ambiental.
04. Retire do texto:
a) Um período simples: ___________________________________________________________________________________

a) Uma oração coordenada sindética adversativa:
___________________________________________________________________________________

05.. No último parágrafo do texto, há um período constituído de uma oração principal e uma oração subordinada substantiva objetiva direta. Identifique e transcreva.
_________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

06.”O estudo mostra que eles estão muito preocupados com a competitividade no mercado de trabalho,”
A oração grifada no período acima classifica-se como:
(a) subordinada adverbial causal
(b) subordinada substantiva objetiva direta
(c) subordinada adjetiva
(d) coordenada assindética
(e) oração principal

07. Ele ainda se considera livre / para fazer as escolhas / e é pouco manipulável.
O período acima está constituído de três orações classificadas respectivamente como:
(a) Oração principal, adverbial final e coordenada sindética aditiva
(b) Oração principal, adverbial final e coordenada assindética
(c) Oração principal, adverbial causal e coordenada sindética explicativa
(d) Oração principal, adverbial comparativa e coordenada adversativa
(e) Oração principal, adverbial temporal e coordenada sindética conclusiva

PRODUÇÃO DE TEXTO
Na sua opinião, o jovem brasileiro é individualista e desinteressado dos problemas políticos e sociais do país? Sim ou não? A partir do texto lido, reflita sobre o assunto e produza um texto dissertativo argumentando e tomando uma posição sobre a questão.
• Pense nas pessoas que poderão ler seu texto.
• Utilize uma linguagem que esteja de acordo com a variedade padrão da língua.
• Dê um título a seu texto.
• Seu texto deverá ter no mínimo 20 e no máximo 30 linhas.
• Não rasure seu texto, você poderá perder pontos pela desorganização.

quinta-feira, 12 de março de 2009

REALISMO/NATURALISMO/PARNASIANISMO

REVISÃO DE LITERATURA
01. Leia o trecho a seguir de “Memórias Póstumas de Brás Cubas:

“ Este último é todo de negativa. Não alcancei a celebridade do emplasto, não fui ministro, não fui califa, não conheci o casamento. Verdade é que, ao lado dessas faltas, coube-me a boa fortuna do não comprar o pão com o suor do meu rosto. Mais: não padeci a morte de D. Plácida, nem a semidemência de Quincas Borba. Somada umas coisas a outras, qualquer pessoa imaginaria que não houve míngua nem sobra, e conseguintemente que saí quite com a vida. E imaginará mal: porque ao chegar a este outro lado do mistério, achei-me com um pequeno saldo, que é a derradeira negativa deste capítulo de negativas: - Não tive filhos, não transmiti a nenhuma criatura o legado da nossa miséria.”

01. O trecho que você acabou de ler trata-se do trecho final da obra “Memórias Póstumas de Brás Cubas” de Machado de Assis. Levando isso em consideração, examine a expressão “ao chegar a este outro lado do mistério”. Com ela , o narrador:

(a) refere-se ao mistério da semidemência do Quincas Borba, cuja causa nunca pode compreender.
(b) alude ao fato de não ter conseguido tornar-se ministro, embora tivesse condições para tanto.
(c) refere-se ao mistério da morte, pelo qual ele já passou.
(d) alude ao próprio passado, pois só agora percebe como sua vida foi inútil e negativa.
(e) refere-se ao mistério do casamento e da paternidade, que ele não conheceu.

02. O texto evidencia, com clareza, pelo menos uma das características principais de Machado de Assis:

(a) o pessimismo ingênuo dos escritores realistas e naturalistas do século XIX.
(b) a linguagem rebuscada, de tal modo ambígua, que quase prejudica a compreensão do sentido.
(c) o gosto pela frase lapidada, carregada de expressões inusitadas.
(d) a capacidade de sintetizar, em apenas um parágrafo, todo o enredo do romance.
(e) um pessimismo irônico, disfarçado sob a aparência de conformidade indiferente.

03. Na passagem do texto “Verdade é que, ao lado dessas faltas, coube-se a boa fortuna de não comprar o pão com o suor do meu rosto”, o autor:
(a) fez uso de uma figura de linguagem, para expressar a sorte do personagem de ter nascido afortunado e não precisar trabalhar para se sustentar.
(b) procura mostrar que o fato de ter nascido rico, fez do personagem um bom vivã.
(c) a única preocupação do autor nessa passagem é fazer uso da antítese.
(d) procura referir a ,mais uma das negativas vividas por Brás Cubas.
(e) expressa o modo de viver do personagem que sempre evitava as dificuldades da vida.

04. Quais as principais diferenças entre o realismo e o naturalismo? Explique:


05. Quais as obras que marcaram o início do Realismo, do Naturalismo e do Parnasianismo no Brasil, respectivamente?


07. Entre as características a seguir apenas uma pertence ao naturalismo:
(a) Preocupação patológica
(b) Arte pela arte
(c) Romance de tese experimental
(d) Retrato da miséria, do proletariado e marginalizados.
(e) O homem é uma animal.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

O SENTIR DO POETA

Fernando Pessoa escreveu este poema sobre o sentir com a imaginação. Para ele, o ato de escrever produz um sentir naqueles que leem.
ISTO
Dizem que finjo ou minto
Tudo que escrevo. Não.
Eu simplesmente sinto
Com aimaginação.
Não uso o coração.

Tudo o que sonho ou passo,
O que me falha ou finda,
É como que um terraço
Sobre outra coisa ainda.
Essa coisa é que é linda.

Por isso escrevo em meio
Do que não está ao pé,
livre do meu enleio,
Sério do que não é,
Sentir? Sinta quem lê.

TURMA SPDI-56 - CAPITÃO POÇO-PA




























No período de 26/01 a 04/02 ministrei a disciplina Linguagem e Meios de Comunicação aos calouros de Pedagogia da turma SPDI-56 - Capitão Poço-Pa. Realizamos atividades prazerosas como produções de histórias de leituras, observação e interpretação de obras de arte, produção de texto escritos a partir da leitura de fotografias, pinturas, esculturas, leitura e produção de intertextos, criação de charges e tiras, propagandas comerciais e institucionais, elaboração de gráficos a partir de leituras e compreensão de textos teóricos, resumos e resenhas. A turma também realizou seminários baseados em estudos sobre os meios de comunicação, como o poder da mídia, a linguagem publicitária, a linguagem de jornais e revistas, cultura e léxico e um programa de rádio bastante criativo, no qual foram apresentadas todas as criações produzidas pela turma. O encerramento da disciplina se deu num sarau com recital de poemas, contos de causos, histórias de leituras, trava-língua, piadas , cantoria e dança.
Veja as fotos do sarau!



domingo, 1 de fevereiro de 2009

A crise chegou no mínimo

Não sei o que será de mim, agora que o salário mínino subiu 12%. Não posso pagar pela crise. Se os governos não se prepararam para enfrentá-la, imagine eu, que nem entendo de economia. O salário de minha coloboradora está sugando o meu e não sei como sair dessa. Se continuar assim quem passará a ser a colaboradora, dentro da minha própria casa, serei eu. Veja só que controvérsia! Infelizmente terei que encontrar uma maneira de administrar a crise, o que não posso e nem devo permitir é que minha colaboradora sinta-se a dona do pedaço. Apertando o cinto, tanto eu quanto ela, teremos que encontrar o caminho certo para não cair no abismo desenfreado do consumismo e se deixar levar pelo otimismo aparente do presidente Lula que todos os dias aparece na mídia de sorriso largo e com a popularidade na casa dos 72,5%, como se o país estivesse realmente imune e livre de ser atacado pelo mais poderoso vírus que já atingiu a humanidade. Não sabemos quanto tempo a insegurança econômica rondará os nossos bolsos e as nossas dispensas, mas sabemos que não será por uma semana ou um mês, portanto, apertemos o cinto até o fantasma da crise adormecer e esperemos que seja antes que nos transformemos em seres irracionais e nos devoremos uns aos outros. Que nos ilumine com sua extremosa paciência!

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

A ATIVIDADE VERBAL

Não podemos deixar de analisar a atividade verbal inserida num processo social, e isso nos permite considerar que a linguagem é uma atividade determinada por fatores sociais. O usuário da língua precisa de motivação, estar envolto de uma situação para então realizar uma tarefa-ação determinada pelo ato verbal. Para que o ato verbal se realize é necessário que o falante se aproprie de uma sistema linguístico, que domine esse sistema, tenha conhecimento da estrutura funcional para então realizar a seleção dos meios de que fará uso. Os fatores afetivo, expressivo, as diferenças individuais, o contexto verbal e a situação comunicativa são fatores que determinam a realização da atividade verbal. Portanto, é um processoo consciente, criativo, intencional a serviço de fins sociais.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

ALUNOS DA E EFM MARIA GABRIELA E A INCLUSÃO DIGITAL





O projeto "Inclusão Digital: uma exigência da escola moderna" eleborado por Aricleide Tavares e Lindalva Nascimento foi apresentado hoje (21/01/09) aos funcionários e professores da Escola Maria Gabriela Ramos de Oliveira situada no Conj Maguari -Belém -PA. O projeto objetiva integrar alunos, professores e comunidade escolar na implementação de uma educação digital de qualidade.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

OS POEMAS QUE EU AMO

Drumond faz-me sentir em devaneio quando leio seus poemas carregados de palavras encantadas, leves, doces e infinitamente poderosas.
O LUTADOR
Lutar com palavras
é a luta mais vã.
Entanto lutamos
mal rompe a manhã.
São muitas, eu pouco.
Algumas, tão fortes
como o javali.
Não me julgo louco.
Se o fosse, teria
poder de encantá-las.
Mas lúcido e frio,
apareço e tento
apanhar algumas
para meu sustento
num dia de vida.
Deixam-se enlaçar,
tontas à carícia
e súbito fogem
e não há ameaça
e nem há sevícia
que as traga de novo
ao centro da praça.
(...)
O saudoso Renato Russo que intertextualizou com um fragmento da primeira carta do apóstolo Paulo aos coríntios (que fala de amor) e com o soneto de Camões produzindo uma obra prima.

MONTE CASTELO
Ainda que eu falasse a língua dos homens
E falasse a língua dos anjos,
Sem amor eu nada seria.
É só o amor, é só o amor
Que conhece o que é verdade
O amor é bom, não quer o mal,
Não sente inveja ou se envaidece.
Amor é fogo que arde sem se ver,
É ferida que dói e não se sente
É um contentamento descontente,
É dor que desatina sem doer.

Ainda que eu falasse a língua dos homens
E falasse a língua dos anjos,
Sem amor eu nada seria.
É um não querer mais que bem querer,
É solitário andar por entre a gente
É um não contentar-se de contente,
É cuidar que se ganha em se perder
É um estar-se preso por vontade
É servir a quem vence, o vencedor;
É um ter com quem nos mata a lealdade.
Tão contrário a si é o mesmo amor.

Estou acordado e todos dormem, todos dormem, todos dormem.
Agora vejo em parte,
Mas então veremos face a face.
É só o amor, é so o amor,
Que conhce o que é verdade.
Ainda que eu falasse a língua dos homens
E falasse a língua dos anjos,
Sem amor eu nada seria.

Vejam só que bonitinho esse poema de Manoel de Barros. Mexe com nossa imaginação e nos faz sentir a poesia da natureza colorida e verdadeira.

Na língua dos pássaros uma expressão tinge a seguinte.
Se é vermelha tinge a outra de vermelho.
Se é alva tinge a outra dos lírios da manhã.
É língua muito transitiva a dos pássaros.
não carece de conjunções nem de abotoaduras.
Se comunica por encantamentos.
E por não ser contaminada de contradições
A linguagem dos pássaros
Só produz gorjeios.

sábado, 10 de janeiro de 2009

A reforma ortográfica da língua portuguesa

O português sempre deu o que falar e agora está mais em evidência do que nunca. Aprender a reescrever palavras sem o hífen será o maior problema, porque o trema já deixou de ser usado faz tempo e muita gente não usa acentos diferenciais. Não será difícil acostumar com as mudanças, o que pode até ser positivo no sentido de se valorizar mais a língua mãe. Incentivar o uso correto das palavras não tem sido fácil, pois nossos alunos carregam certos vícios de linguagem oral que resolveram acrescentar na escrita naturalmente sem se preocuparem com a existência das normas gramaticais. Para eles há muito a gramática perdeu a importância. Espero que essa sacudida que a reforma ortográfica está fazendo em quem faz uso da língua escrita faça sentido e possa surtir algum efeito.