FORMANDO PENSADORES

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quarta-feira, 14 de julho de 2010

Diante do Bullying não se pode tapar os olhos

Uma cena que está ficando banal nas escolas: um garoto empurra o outro, dá tapas no pescoço, chutes, puxões de cabelos. É exatamente assim que muitos meninos e meninas têm agido cada vez que encontram um colega que se deixa bater muitas vezes sem saber o motivo da violência. O garoto que bate ainda sorri e promete novas investidas. O que apanha, cala-se com expressão de medo, sem coragem de revidar. Muitos dizem que é para evitar o pior. Mas quase sempre o pior acontece às barbas da gestão, que muitas vezes, faz vistas grossa para não ter que tomar a atitude de afastar da escola, os envolvidos no bullying.
Cenas como essas são freqüentes. Um comportamento agressivo, quase sempre intencional e persistente. Tudo é motivo de ataque. Crianças e adolescentes têm sede de poder e de ter controle sobre a situação. Para eles, o espaço escolar que atualmente é o que lhes oferece maior liberdade, possibilita extravasar, colocar para fora tudo o que sentem. Diante do bullying a escola parece fechar os olhos. Todos sabem o que acontece, mas pouco se tem feito para resolver o problema. Ignorar parece ser a melhor saída. O medo toma conta de todos. E, algumas vezes, tenta-se inibir o bullying colocando nos corredores, policiais fardados, o que parece não resolver e nem ser a melhor estratégia. Alunos estão na escola para receberem educação, não podem ser vistos como bandidos, embora, infelizmente, agora, com a lei da inclusão, haja exceções.
Ações como intensificar a supervisão nos corredores, buscar orientação com pessoas preparadas para lidar com crianças e adolescentes com esse perfil, promover palestras educativas para alunos e pais de alunos, criação de um programa anti-bullying envolvendo professores e funcionários apoiados pelo Conselho Tutelar e principalmente contar com o apoio da família, pode ser que se consiga solucionar o problema. O que não se pode fazer é virar as costas e agir como se nada estivesse acontecendo.
O problema é de todos. É preciso urgentemente unir forças para atacar o bullying de forma a fazer a paz reinar no espaço escolar.
O alerta está dado se não funcionar seremos o próximo alvo.
(Profª Aricleide Tavares)

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